Ordem do Dia 22/01/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia.

O economista Alexandre Schwartsman, em sua coluna, fez considerações importantes a respeito da gastança do governo.
Pior: demonstrou traços de "contabilidade criativa" nos números apresentados pelo Ministério da Fazenda. Essa mesma que nos levou, sob Dilma, à maior recessão da história.
Exemplo: cerca de 100 bilhões de reais foram empenhados e pagos no último dia de 2023. Obviamente, o impacto fiscal ficou para o ano seguinte, em 2024, pois foi quando o recurso foi disponibilizado e gasto.
Entretanto, o governo atribui seus efeitos ao ano anterior. Me engana que eu gosto. Pior: esse não seria o unico exemplo de maquiagem no arcabouço fiscal.
As isenções autorizadas pelo STF, afrouxando os limites do arcabouço, são desconsideradas do ponto de vista matemático ou aritmético.
O governo parece acreditar que o STF seria capaz de revogar, até mesmo, a lei da gravidade. Essa crença, em geral, leva o indivíduo a se estatelar no chão, caso faça o teste. Me engana que eu gosto, de novo.
Os efeitos da expansão fiscal, também chamada de gastança desenfreada, impacta fortemente a inflação, que se vê também em expansão, em medida semelhante. Isso seria o ABC da macroeconomia.
Mas parece não preocupar o governo. Me engana que eu gosto, III. Parece uma franquia de filme medíocre.
Esse comportamento fantasioso com os números nunca deu certo. Nos leva, inexoravelmente, a uma contabilidade catastrófica. Qual seja: no caso brasileiro, a repetição do erro.
Até mesmo o presidente do Banco Bradesco deu entrevista, nesse mesmo sentido. Como diria o cancioneiro popular: além do governo, "só Carolina não viu".
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
Qual é a sua reação?






