Ordem do Dia 24/01/25

Três episódios seriam emblemáticos na posse e no primeiro dia do governo Trump. Seriam eles o pedido de misericórdia da bispa a Trump, durante a missa cerimonial, o gesto nazista de Musk, na cerimônia de posse, e os dois primeiros atos de Trump como presidente: o perdão aos criminosos golpistas e assassinos e a tentativa de revogação de um dispositivo constitucional, via decreto. 

Vamos por partes, como diria Jack, o estripador. O apelo da bispa por misericórdia, a imigrantes, crianças e outros perseguidos por Trump, seria uma tentativa de sensibilizar o que resta de razoável e humano no atual  presidente. Provavelmente, um apelo inútil. 

O gesto de Musk seria autoexplicativo. Quem faz o gesto nazista é nazista ou admirador do nazismo. Não haveria meio termo. 

O resultado todos conhecem. Será que Musk gostaria de fazer com os judeus o que esses fizeram em Gaza com mulheres e crianças palestinas, recentemente? 

Não podemos nos esquecer: Musk é sul-africano. Num passado recente, seus conterrâneos  formavam o país mais racista do mundo. Têm o que ensinar, nesse tema. 

Finalmente, a tentativa de Trump revogar dispositivos da  Constituição americana "na valentona" está de acordo com a estupidez do homem. Uma besta. 

Dezenas de ações, propostas por estados e cidades norte-anericanas, já foram ajuizadas nos EUA. Simplesmente, não se revoga a Constituição por decreto. 

"Last, but not least", o perdão a criminosos, principalmente assassinos, é coisa de chefe do PCC. Qual seja: chefe de quadrilha de criminosos. Trump se equipara a um gangster, ao revogar penas e perdoar 1,5 mil bandidos. E ponto final.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com